O novo projeto “Escolas de Paz, Direitos das Crianças”, iniciado pela Cáritas Diocesana de Crateús e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o apoio financeiro do Fundo Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes, visa a promoção da cultura de paz, da justiça restaurativa e da mediação de conflitos através de práticas que incentivem a sensibilização e a formação da comunidade escolar sobre o uso da comunicação não violenta para resolver divergências intraescolares.

A ação beneficia diretamente 3.100 pessoas entre alunos e alunas, educadores, funcionários e gestores de 09 escolas públicas localizadas em 05 municípios do Sertão de Crateús, além de atingir indiretamente as famílias que mantêm os/as estudantes nas escolas beneficiárias, ou seja cerca de 10 mil pessoas. “Acreditamos em um trabalho que será desenvolvido com o objetivo de cuidar de si e do outro, de forma restaurativa, mediada com uma comunicação não violenta, e de vivência de círculos de paz.” relata Maria Arlene Gomes Batista, técnica da Secretaria Municipal de Educação de Crateús, uma das parceiras locais do Projeto.

Aprender a lidar com os conflitos escolares de forma positiva é essencial para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e de um ambiente escolar harmonioso, pois as divergências em si não são boas ou ruins, apenas naturais da condição humana. “Através do diálogo pacifico poderemos colaborar para aumentar a consciência emocional, a compreensão das relações saudáveis, a saúde mental das nossas crianças e adolescentes, auxiliando assim o empoderamento deles e delas na perspectiva de que sejam líderes em suas próprias vidas.”, afirma Maria Arlene.

METODOLOGIA DO PROJETO

A metodologia a ser aplicada está pautada nas estratégias de promoção da cultura de paz, da justiça restaurativa e da mediação de conflitos. Serão desenvolvidas atividades envolvendo educadores(as), alunos(as) e familiares de alunos(as), além de mobilizar as comunidades escolares e outras forças sociais para gerar uma consciência sobre a importância de se debater e propor políticas públicas que promovam a Cultura de Paz como parte da Educação Escolar.

CULTURA DA PAZ

Os conceitos da não violência e das práticas restaurativas preveem o uso de diferentes ferramentas que possibilitam a criação de um espaço de diálogo, contribuindo de forma efetiva a resolução de tensões, permitindo assim, a integração e o bem estar da comunidade. A criação de relacionamentos saudáveis é o reconhecimento de que a saúde social e emocional é vital para viver na melhor forma dentro da sociedade, e tanto os alunos(as) como os professores(as), florescem quando se sentem aceitos e respeitados por aqueles com quem convivem.

A ideia que inspira o Projeto é a possibilidade da Construção da Paz, que será resultado das aprendizagens e da prática do diálogo. Espera-se que as estratégias do Projeto capacitem as comunidades escolares para a geração de um ambiente prazeroso, não livre de conflitos, mas evitando que modos diferentes pensar e de viver não sejam razões para a discriminação ou para a violência, mas sinais da riqueza do ser humano, que pode aprender a beleza da diversidade.

Por Angelica Tomassini, comunicadora da Cáritas Diocesana de Crateús e Raimundo Clarindo, agente Cáritas e responsável da execução do Projeto Escolas de Paz, Direitos das Crianças