Moradoras e moradores das comunidades Veredas e Buriti dos Carreiros, município de Poranga, participaram nos dias 14 e 15 de maio do curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), etapa fundamental para a conquista de cisterna de placa com capacidade para reter 16 mil litros de água da chuva, uma ação do Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC), executado pela Cáritas Diocesana de Crateús, através de termo de parceria firmado com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para construção de 700 tecnologias sociais na microrregião de Crateús.

Raffaele  com dona Janaina e Marciel com dona Maria: facilitadores e cursistas diplomadas

O curso foi experienciado na comunidade Veredas, facilitado por Marciel Melo e Raffaele Giammaria, membros da equipe de voluntariado da CDC. Participaram representantes das 30 famílias. “Foi muito importante passar esses dois dias aprendendo coisas que levaremos pra toda a nossa vida”, ressaltou Ancelmo Nunes. Segundo ele, apesar de já conhecerem muitas informações disponibilizadas no curso, sobre os cuidados com a água e com as cisternas, a experiência deu à comunidade maior convicção e empoderamento sobre esses assuntos. No encerramento do GRH cada cursista recebeu um certificado, habilitando as famílias para a conquista e gerenciamento do direito conquistado.

“Se tudo sair como planejamos a partir de quinta-feira (19/05) já iniciaremos a construção das cisternas”, declarou João Jerônimo da Silva, coordenador técnico do P1MC e agente Cáritas.

PASSOS PARA A CONQUISTA

As etapas para a conquista da cisterna, após a seleção das famílias feita de acordo com os critérios estabelecidos pelo programa (precisam residir na zona rural e ser comprovadamente de baixa renda) são:

  1. – Mobilização social da comunidade, que recebe as primeiras informações do programa e são informados sobre as etapas até a conquista da tecnologia. Este processo, assim como todos os outros, é feito em parceria com a Comissão Municipal (paróquia, sindicatos, associações comunitárias, etc.)
  2. – Capacitação através do GRH.
  3. – Marcação do local onde será construída a cisterna. A família precisa ter um local que se adeque aos critérios técnicos para a construção da tecnologia. Este procedimento deve ser feito pelo animador de campo da Cáritas, habilitado para a tarefa.
  4. – Escavação do buraco, que é uma contrapartida da família. O programa disponibiliza uma ajuda de custo para as que não disponham de recursos humanos e/ou financeiros para a tarefa, mas muitas comunidades realizam esse trabalho em mutirão.
  5. – E finalmente o recebimento do produto pela família, que agora ciente de que isto é um direito constitucional assegurado, compromete-se em preservar a tecnologia de forma adequada.