Em sintonia com a multidão de pessoas que foi às ruas hoje (15/03), no dia de mobilização nacional contra a Reforma da Previdência, o povo de Crateús também foi à luta numa caminhada que reuniu militantes de partidos e movimentos sociais, pastorais sociais e contou com a simpatia da população durante todo o trajeto do manifesto, que iniciou na praça Gentil Cardoso (conhecida como praça dos Pirulitos) e culminou na ocupação do edifício sede da Prefeitura Municipal. Além da exigência do fim da tramitação da Reforma da Previdência no Congresso, o grito de “Fora Temer” foi bastante repetido nas falas e nos gritos de ordem.

“Este ato conta com a colaboração de todas as categorias de trabalhadores, e vamos fazer com que o presidente recue nessa medida que ameaça acabar com o direito à aposentadoria, conquistado com muita luta”, reivindicou Murilo Marciano, diretor do Sintsef. Já professor Rafael dos Santos, docente da UFC campus Crateús, chamou atenção dos comerciários que assistiam na porta das lojas a movimentação das/os manifestantes. “Se vocês soubessem o que está em questão nessa reforma, não haveria espaço nessas ruas para caber todos vocês”, profetizou. Segundo ele, se a “deforma” da Previdência for aprovada, será praticamente impossível o acesso à aposentadoria integral, especialmente por pessoas que trabalham durante anos sem carteira assinada, como é o caso da maioria nas lojas onde a voz de Rafael ressoava.

Daniele Monteiro, do Sinpress, chamou atenção para o fato de que as/os servidoras/es da Previdência Social fizeram paralisação nacional no dia de hoje, assim como diversas categorias, num processo de mobilização que tende a crescer em todo Brasil até que os representantes do povo, eleitos pelo povo, aceitem as vozes das ruas e parem de legislar para benefício do empresariado. “Mais uma vez o povo de Crateús honra sua história de luta e vai às ruas, em sintonia com as massas de todo Brasil, para dizer que essa Reforma não passará!”, gritou.

OCUPAÇÃO.

Moradoras/es da ocupação urbana liderada pelo MST, Comuna Gerard Fabert, que há cinco anos luta por moradia digna, ocuparam a sede da Prefeitura Municipal de Crateús durante a culminância do ato de hoje. O ato visa exigir da gestão municipal assistência imediata para serviços essenciais, como eletricidade e abastecimento de água.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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