Na quinta-feira, 25 de maio, pescadores e pescadoras das Colônias Z-39 de Crateús e Z- 58 de Novo Oriente participaram de um encontro com a Defensoria Pública Geral do Estado de Ceará. O evento teve o objetivo de apresentar as demandas e discutir problemas enfrentados nas comunidades para construir o orçamento participativo do ente público. Os pescadores e pescadoras solicitaram que a cidade de Crateús tenha uma Defensoria Pública e que a instituição possa ir até as comunidades e realizar um trabalho mais próximo para as comunidades tradicionais das quais fazem parte.

Os trabalhadores e trabalhadoras fazem parte dos 2.600 beneficiados pelo projeto “Caminhos da Resiliência: Ações políticas de pescadoras e pescadores artesanais dos Sertões dos Inhamuns e Crateús”, que além destas colônias beneficiará as de Nova  Russas, Tamboril, Tauá, Catunda e Independência, numa realização da Cáritas Diocesana de Crateús, Comissão Pastoral da Pesca (CPP) e Comunitá Impegno Servizio Volontario (CISV), com financiamento da União Europeia.

MAIS DEMANDAS

O encontro realizado em Tauá visava acolher as demandas das regiões de Crateús e Inhamuns. Dessa forma, as mulheres também apresentaram a demanda de garantir atendimento diferenciado, numa região com grande incidência de violência contra elas, que não contam com uma delegacia especializada; a juventude apresentou a denúncia do extermínio, que sobretudo rapazes são vítimas, cujos números só pioram a cada ano; e o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) apresentou denúncias de atividades de extração de minério, seja as que já estão prejudicando as comunidades, como é o caso de Quiterianópolis, como as que seguem resistindo, como é o caso de Ipaporanga.