O Primeiro dia da XIII Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária – Território Inhamuns/ Crateús foi marcado por reencontros, abraços, otimismo, alegrias e conhecimento. Os 305 agricultores e agricultoras inscritos para o evento chegaram a Crateús animados e felizes para participarem da feira referência nacional em agricultura familiar e economia solidária.
Durante estes dois dias de evento serão aproximadamente 200 empreendimentos presentes de mais de 30 municípios do Ceará a 14 Estados do Brasil. Segundo a Coordenadora da Cáritas Diocesana de Crateús (CDC), Ir. Erbênia Sousa, o número de empreendimentos deste ano é quase o dobro em relação a outras edições: “Este ano vamos ter o dobro de pessoas participando da Feira, é um avanço para o evento e o povo da região de Inhamuns e Crateús”.
A coordenadora do CDC também disse que a Feira é uma forma de visibilizar a agricultura familiar e a arte do nordeste para o Brasil. “Com a Feira confirmamos a força da agricultura familiar, do poder das mulheres do campo, porque aproximadamente 65% dela é composta por mulheres e ainda mostramos que um novo mundo é possível, um mundo a partir da solidariedade”, afirma Erbênia.
ASSEMBLEIA DAS E DOS FEIRANTES
Durante o primeiro dia da Feira ainda foi realizado a Assembleia das e dos Feirantes. O encontro teve o objetivo de conhecer os empreendimentos e discutir tabela de preços dos produtos que estão sendo comercializados, processo fundamental para garantir uma das finalidades da Economia Popular Solidária, que é a de propor uma economia justa e solidária, para todas e todos, onde prevaleça a cooperação e não a competição.
A XIII Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária – Território Inhamuns/ Crateús foi construída de forma coletiva por diversas entidades da região. Nos dois dias de evento várias atividades culturais alegra os e as participantes, como Edilson Barros, Cecília do Acordeom, Eliane Brasileiro, Forró Raízes EFA, entre outras.
COM A VOZ: FEIRANTES E SOCIEDADE
Para a artesã Marlene Gonçalves dos Santos, do município de Ararendá, participar da Feira é um momento de crescimento e de troca: “Aqui a gente faz muitos amigos, trocamos experiências, conhecemos outros produtos e ainda visibilizamos nossa arte, nosso trabalho”. Marlene traz para Feira seu artesanato: colchas de crochê e fita, almofadas, entre outras coisas.
Por outro lado, o agricultor Francisco Rodrigues da Silva, de Tauá, participar da feira é uma oportunidade de conhecer novos clientes e criar raízes. “A Feira me ajuda a mostrar meus produtos e eu consigo clientes para o ano todo”. Seu Francisco traz para a Feira paçoca de gergelim, milho de mugunzá e doce de mamão e alguns artesanatos feito em gesso.
O agricultor Zé Maria de Sousa Chaves, de Crateús disse que o primeiro dia de Feira está ótimo e que as vendas estão boas, mesmo com toda a crise que sofre o país. “Está bom demais, estou vendendo bastante mel, castanha, cocada e gergelim. Me surpreendi com as vendas de hoje, pensei que com a crise não ia vender quase nada. Espero que no segundo dia só melhore”.
Para a médica Lia Raquel, que participou da edição passada, porém não pode aproveitar para conhecer bem os produtos comercializados, a Feira de 2017 está representando bem a região, com a cara do nordeste brasileiro e muitas coisas lindas sendo vendidas. “Estou adorando, já comprei várias coisas como blusas de crochê e artesanato, agora quero provar a comida do sertão, eu recomendo a Feira, estou gostando muito”.
Informações Anita Dias