Representantes de movimentos sociais, pastorais sociais da Diocese de Crateús, da Paróquia Senhor do Bonfim e conselheiros tutelares realizaram um ato público na manhã desta segunda-feira (31/07), reivindicando o não fechamento do Centro de Semiliberdade de Crateús, espaço de atendimento para adolescentes de ambos os sexos, autores/as de ato infracional. Segundo Dulce Fabian, agente da Cáritas Diocesana de Crateús (CDC), uma informação teria vazado de que a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo teria decidido fechar o espaço em definitivo, obrigando as nove pessoas que hoje são atendidas (de Crateús, Ipaporanga e Nova Russas) a serem transferidas para Sobral. Tal medida, segundo os/as manifestantes, feriria os artigos 18 e 04 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma vez que afastaria de forma abusiva o envolvimento da família e da comunidade no processo socioeducativo.
As e os manifestantes foram recebidos por Janete Soares, gerente do centro. Janete teria confirmado a suspeita de que o Poder Executivo do Ceará estaria decidido a fechar o centro, por razão ainda não explicada. Na tarde do mesmo dia, houve nova reunião com representantes da Superintendência na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Crateús. Contudo, ainda segundo Dulce, não houve qualquer encaminhamento que tranquilizasse as famílias. Além da CDC houve participação do Sindicato dos Professores, da Frente Social Cristã, do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra, Leo Clube, Núcleo Popular, Comissão de Direitos Humanos da OAB e Paróquia Senhor do Bonfim, que garantiram novas mobilizações caso o governo não recue da suposta decisão de fechar o Centro.