Vivemos em um mundo em que as pessoas são invisíveis, o individualismo rege as relações interpessoais e o cenário de crise político-econômico desanima. Entretanto este cenário propicia que o país seja palco de várias iniciativas socioeconômicas coletivas, como é o caso do Projeto Redes de Cooperação Solidária executado pela Cáritas Brasileira e que chega para apoiar a Redes de Solidárias por todo Brasil. Serão 12 redes no país, quatro no Nordeste. A Rede de feirantes e produtores da agricultura familiar e economia popular solidária dos territórios Inhamuns-Crateús será uma das acompanhadas do projeto.
O Projeto Redes de Cooperação Solidária visa apoiar a organização de redes já existentes e que estão se constituindo tanto na parte de comercialização, organização dos empreendimentos, melhorar a qualidade dos produtos e criar um meio de comunicação que ligue estas redes pelo país. Além disso, o projeto busca criar espaço de luta por políticas públicas de apoio a economia popular solidária.
A iniciativa ainda prevê a elaboração de um plano de negócio das redes e a partir do plano será discutido a possibilidade de apoio a alguma infraestrutura que fique à disposição do coletivo da rede. Segundo o assessor do Projeto Redes de Cooperação Solidária no Ceará e Maranhão, Francisco José Santiago todo o processo é pensado para o coletivo: “praticar economia solidária é pensar no outro, criar parcerias, realizar trabalhos em grupo”, afirmou.
Como primeira ação do projeto nos territórios Inhamuns-Crateús, foi realizado um encontro de planejamento com representantes da Rede de feirantes e produtores da agricultura familiar e economia popular solidária na sede da Cáritas Diocesana de Crateús. Durante o encontro foi planejado as atividades de 2018 até 2020 que é quando se conclui o projeto. Para a agricultora da comunidade Quilombola Torres, Antônia Agostinho da Silva, mais conhecida como Toinha, o encontro foi ótimo porque abriu um espaço para a participação de agricultores e agricultores além de trazer novas perspectivas para a rede de feirantes. “É muito bom poder participar desde o início da implantação do projeto, acredito que vamos ter várias formações e preparação que nos vai ajudar a melhorar nossa atuação nas feiras”, disse Toinha.
O Jovem agricultor e educando da EFA Dom Fragoso Kelson Oliveira de Freitas, da comunidade de Oiticica, Distrito Inhamuns em Tauá descreveu o encontro como um momento rico em troca de informação e aprendizagem. “O encontro foi muito gratificante, estou com uma expectativa muito boa em relação ao projeto e tudo que ele vai agregar a nossa Rede de Feirantes, como o trabalho coletivo e o desenvolvimento de nossas comunidades”, apontou. Kelson Oliveira e sua família são acompanhados pelo Projeto Paulo Freire, executado pala Cáritas de Crateús e que visa assistência técnica contínua ás famílias dos territórios do Inhamuns.
O Projeto Redes de Cooperação Solidária é executado pela Cáritas Brasileira e financiado pela Senaes, Secretaria Nacional de Economia Solidária e está sendo realizado em todo território nacional.
Por Comunicação CDC
Fotos: Anita Dias