Entre as mulheres que produzem desenvolvimento no mundo, estão as heroínas do Semiárido Cearense. Quem são elas, onde moram, quais os desafios enfrentados e o que elas fazem, serão algumas das informações a serem divulgadas em maio, no jornal italiano Corriere dela Sera, um dos mais lido daquele país e um dos mais importantes do mundo. Para conhecer melhor essas histórias de vida, estiveram ontem (03/04) pela manhã, na sede da Cáritas Diocesana de Crateús (CDC), a jornalista italiana Emanuela Succalà e a consultora de comunicação da We World, Ticiana Macciò. Falaram sobre a dor e a delícia de ser mulher na região de Crateús, mulheres beneficiadas e agentes Cáritas.

Tais histórias serão publicadas no caderno semanal do Corriere dela Serra chamado “Io Dona”. No mês de maio também é celebrado o Dia das Mães na Itália, por isso a publicação com tema “Mulheres que produzem Desenvolvimento no Mundo” se dará nesse período. Ganharão voz histórias de vida de mães, irmãs, e filhas que atuam em ou são beneficiadas pela Organização Não Governamental (ONG) italiana We World, outrora conhecida por “Intervita”. Aqui no Brasil, as comunicadoras italianas Emanuela e Ticiana já haviam conversado com mulheres relacionadas ao Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria, ao Movimento das/os Trabalhadoas/res Rurais Sem Terra (MST) e à Pastoral do Menor.

Visita à propriedade de Antonieta de Sousa, na comunidade Filomena, Crateús.

Além dessas reportagens especiais a serem publicadas neste relevante jornal, a ONG italiana publicará um livro à partir dos depoimentos colhidos e fará uma exposição de fotografias registradas desses momentos, com publicação e estreia previstos também para o quinto mês do ano, em Milão. A princípio, a única entrevistada seria a irmã Erbênia Sousa, coordenadora da CDC. Contudo, em consonância com a equipe coordenada por ela, ela própria optou por fazer dessa exposição um grande retalho, com o rosto de mulheres do campo e da cidade, beneficiadas ou animadoras de campo, enfim, a diversidade que representa e justifica o ser feminino da Cáritas.

Além da conversa no auditório da CDC, também foi visitada a experiência do quintal produtivo, a criação de cabras e porcos da propriedade da família de Antônia de Sousa, beneficiada da Cáritas, e da comuna Padre Gerardo Fabert, ocupação em prol de moradia urbana em Crateús coordenada pelo MST e Frente Social Cristã, esta última entidade coordenada por Estevânia Ferreira, voluntária da Cáritas de Crateús. Assim que publicado, divulgaremos neste site o artigo, bem como a tradução dela. Faremos da mesma forma em relação às notícias sobre a estreia da exposição de fotos e a publicação do livro.

Por Eraldo Paulino, comunicador popular da Cáritas Diocesana de Crateús.