Os agricultores e as agricultoras familiares da comunidade rural Sumaré, município de Aiuaba, estão descobrindo na apicultura uma nova realidade sustentável que está lhes permite melhorar a renda e permite às famílias a busca por novos conhecimentos. Após passarem a vida na roça, trabalhando com culturas que cada ano são prejudicadas pela estiagem prolongadas, conseguiram diversificar as atividades deles e delas através da produção de mel. 

Mirian Pereira da Silva Sousa, agricultora que sempre plantou e comercializou feijão, milho e mandioca, hoje é sócia da Associação Comunitária de Sumaré. “Na época do inverno, sustento minha família com a comercialização do feijão e antes do projeto, já produzia mel, mas em pequenas quantidades. Através do Projeto Paulo Freire recebi material apícola, capacitações técnicas e treinamentos que permitiu-me ampliar minha produção, conseguindo assim um dinheiro extra”, explica dona Miriam, que acrescenta que os apicultores devem se comportar como as abelhas: Têm que trabalhar em conjunto e pela comunidade. 

“Os apicultores não podem trabalhar sozinhos, sempre tem que ser membro de associações”, afirma dona Miriam, explicando que o associativismo representa um meio facilitador para obtenção de créditos agrícolas, canais de comercialização e de organização das demandas diante das instâncias governamentais. “Através da associação a gente consegue vender mais, aqui na comunidade chegam os caminhões que levam todos nossos produtos para a cidade”, explica dona Miriam. Depois de três anos da chegada do projeto na comunidade, a colheita do ano passado foi um sucesso; a Associação Comunitária de Sumaré conseguiu produzir 12 toneladas de mel, e por esse ano, os apicultores e as apicultores esperam um aumento aproximado de 50%. 

O Projeto Paulo Freire é executado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário, o Governo do Estado do Ceará e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e através da Cáritas Diocesana de Crateús garante uma Assessoria Técnica Contínua aos agricultores e as agricultoras do território dos Sertões de crateús e dos Inhamuns.

Por Angelica Tomassimi, comunicadora popular da Cáritas Diocesana de Crateús