A Cáritas Diocesana de Crateús (CDC) está realizando mais uma etapa do projeto Cisterna nas Escolas, através do qual serão garantidas 44 cisternas de placa de 52 mil litros a escolas públicas da zona rural nas regiões de Crateús e Inhamuns, numa parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), comissões municipais de convivência com o Semiárido e secretarias municipais de educação de Tamboril, Quiterianópolis, Nova Russas, Ipaporanga e Monsenhor Tabosa. Na manhã de ontem (30/08), representantes destas organizações participaram do Encontro Territorial, ocorrido na sede da CDC. Também contribuiu no encontro Rosângelo Marcelino, assessor técnico do projeto Cisterna nas Escolas.

“A reunião serviu para apresentar o projeto ao poder público e às comissões municipais, explicar qual a contrapartida das secretarias de educação e o cronograma de execução”, pontuou João Jerônimo da Silva, coordenador do projeto pela CDC. Segundo ele, serão feitos processo de mobilização popular nas comunidades escolares, formação em Educação Contextualizada o voltada para as/os educadoras/es beneficiadas/os, bem como capacitação em Gerenciamento de Recursos Hídricos Escolar (GRHE) para orientar servidoras/es de apoio (cozinheiras, faxineiras, cuidadoras, etc.) quanto ao uso racional da água. Ou seja, “até a entrega da tecnologia, todo esse processo de encontros e formações fortalecerá na comunidade o sentimento de conquista de uma política pública de fato”, argumentou Jerônimo.

Rosângelo Marcelino contribuindo no Encontro Territorial

“O encontro territorial foi um momento importante para apresentar o projeto Cisternas nas Escolas e debater a temática da educação contextualizada focada na perspectiva da convivência com o semiárido”, explicou Rosângelo. Para ele, não se trata apenas de construir uma cisterna de 52 mil litros de água, mas possibilitar que as escolas do Semiárido preparem a alimentação escolar e disponibilizem água de beber com maior segurança. “Isso é segurança alimentar e é um direito das nossas crianças. Temos certeza que só realizaremos essa missão se juntarmos as forças com as diversas parcerias, como:  comissões municipais pela vida no Semiárido, secretarias de educação dos municípios envolvidos e comunidade escolar. Essa é a essência da ASA, transformar a realidade dessa região a partir mutirões, alimentado pela esperança de que outro semiárido é possível e passa fundamentalmente pelo conceito de uma educação libertadora”, concluiu.