“Os educandos não terão compromisso de saber tudo, mas têm obrigação de voltar pra academia e trazer as perguntas. Vamos tentar dar respostas concretas à realidade”, explicou Tony Andreson Guedes Dantas, professor de agricultura do IFCE. Em parceria com a Cáritas Diocesana de Crateús, ele propôs e obteve “Sim” como resposta à realização de visitas técnicas a comunidades que hoje são referência na região quando o assunto é Convivência com o Semiárido: Irapuá, em Nova Russas; aldeia Viração, em Tamboril; Caieiras, em Quiterianópolis.

“Vocês vão se tornar conhecidos do instituto e o instituto de vocês. Isso vai criar uma aliança de compromisso social, com múltiplas possibilidades de mais parcerias futuras.”, explicou Erbênia Sousa, coordenadora da CDC, entidade que tem participação direta no desenvolvimento local destas comunidades nos últimos 10 anos. Segundo Antônio Giovani Carvalho, representante de Irapuá, será de muita valia trocar experiências com a academia e colher com isso aprendizagens e ainda ter a possibilidade de maiores parcerias. Além dele, José da Luz Santos, conhecido como Zé Chico, representante da aldeia Viração e Miguel Bezerra Filho, da comunidade Caieiras também concordaram com a proposta.

O professor Tony explicou que de início será um projeto piloto, com possibilidade concreta de continuidade após as primeiras visitas técnicas. “Eu prefiro começar pensando pequeno, pra depois irmos crescendo do que pensar algo enorme e depois nos frustrarmos. Quero é que eles (estudantes) percebam indo às comunidades que o conhecimento não é reto, como muitas vezes a academia sugere, e sim multidimensional”, argumentou. Como benefício imediato, cada comunidade pode não apenas se tornar referência para o IFCE, como também obter conhecimentos técnicos de professores com mestrado e doutorado do instituto para questões que porventura não dominem.