Nos dias 12, 13, 14, 17 e 18 de outubro, foram realizadas oficinas de avaliação do trabalho desenvolvido pela Cáritas Diocesana de Crateús (CDC) no âmbito do projeto Paulo freire, através do qual foi prestada assistência técnica a famílias camponesas de Tauá, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Quiterianópolis, com a participação  da Equipe do ERP (Escritório Regional do Projeto Paulo Freire) Território dos Inhamuns, na perspectiva de um desenvolvimento local sustentável, tendo como princípio a autonomia das sujeitas e dos sujeitos em todos os âmbitos do processo. Também foram debatidas demandas das comunidades para o ano seguinte, sendo isso uma espécie de pré-planejamento para os trabalhos que serão realizados em 2017. O projeto é financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA) em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Governo do Estado do Ceará.

As oficinas foram realizadas nas comunidades Sítio Lagoa, Milagres (Cachoeira, Lagoa do Ramo e Oiticica) e Riacho Verde (Queimadas), em Tauá; São Gonçalo e Serra dos Paulos, em Parambu; Serra dos Bois  e Fazenda Nova  (Salgado, Aliança, Novo Oriente, Chapada), em Aiuaba; Boqueirão (Agrovila) e Novo Horizonte, em Arneiroz; Aldeia Fidélis e Gavião, em Quiterianópolis. À partir das vocações de cada uma dessas localidades, o Projeto Paulo Freire tenta potencializar a capacidade produtiva, a geração de renda, desenvolvimento social e ambiental, além dos estímulo concreto ao cooperativismo e ao associativismo. Cerca de 450 pessoas deverão ser beneficiadas de forma direta por essas ações, consolidando na região dos Inhamuns um novo paradigma de geração de renda e cidadania no campo.

“Promover o empoderamento das famílias enquanto pessoa, comunidade será sempre nossa missão enquanto Cáritas. E com o Projeto Paulo Freire isso se intensifica no jeito Cáritas ser, onde  a relação com as famílias vai além de um trabalho técnico, mas na construção coletiva através do ver, ouvir, construir e intervir de forma parceira”, explica Daniela Cavalcante, coordenadora da equipe de Assessoria Técnica Contínua (ATC) da Cáritas de Crateús. Ela conclui: “não podemos andar nem a frente nem através, e sim de lado dos sujeitos e das sujeitas. São eles e elas que querem e podem construir um hoje diferente e um amanhã glorioso”.

Texto Com informações de Mardones Sérvulo e Daniela Cavalcante. Fotos de Mardones Sérvulo.