Iana Gonçalves

Três jovens da região dos Inhamuns, acompanhado e acompanhadas pela Cáritas Diocesana de Crateús, através do Projeto Paulo Freire, que é financiado pela SDA e pelo FIDA, estão participando do Projeto “Repórter Digital”, ação promovida pelo Instituto Ubíqua. Iana Gonçalves Mendes, da comunidade Pau Preto, Parambu, Elidiene Pereira, da comunidade Açudinho, em Tauá e Rubens Moreira Martins da comunidade Riacho, Quiterianópolis, que fazem parte da Rede de Jovem Comunicadoras/es Populares, já estão participando do curso, que tem como objetivo capacitar 20 jovens do Ceará para produzirem conteúdo informativo e de entretenimento (notas, matérias, vídeos, etc.) através do aplicativo que recebe o mesmo nome do projeto.

Elidiene Pereira

“Esse projeto também está sendo realizado com jovens da Bahia, através do Projeto Pró-Semiárido, e o “Viva o Semiárido”, no Piauí, ambos financiados pelo FIDA, na perspectiva de desenvolver habilidades através de uma capacitação em linguagens temáticas e temas que envolvem a comunicação e a convivência com o Semiárido”, explica Rones Maciel, assessor de juventudes e comunicação no Projeto Paulo Freire /SDA. Segundo ele, a primeira etapa de formação terá uma duração média de três meses, período em que serão desenvolvidas linguagens de áudio, audiovisual, produção de conteúdo para a internet, etc., via tele-aulas. As e os jovens têm acesso a uma plataforma digital que lhes permite assistir às aulas aos fins de semana e desenvolver atividades durante a semana.

Para Iana Gonçalves, um dos desafios é a conexão, pois o sinal nas comunidades camponesas já é melhor do que outrora, mas as vezes alguns jovens não conseguem participar das aulas online, interagir com os colegas nesse momento, mas ninguém fica sem conteúdo, pois existe um esforço tanto das e dos jovens como da coordenação do curso para superar os desafios que apareçam. “A experiência tem sido muito boa, porque além de jovens do Ceará, também vamos interagir com pessoas de outros estados, e vamos poder conhecer outras realidades”, comemora Elidiene Pereira. Segundo ela, essa é uma área de conhecimento desejada por muitas pessoas, e poder ter acesso a esse conteúdo de qualidade é uma oportunidade que ela pretende aproveitar da melhor forma possível.

AS JOVENS VOZES DAS COMUNIDADES

As e os participantes devem desenvolver as atividades como “desafios” a serem cumpridos para interferir na realidade da comunidade onde moram. Elidiene, por exemplo, no primeiro “desafio” identificou a falta de comunicação das atividades desenvolvidas pelo grupo Força Jovem, do qual ela faz parte. Então ela está partilhando o conhecimento que recebe e junto com as/os amigas/os construiu uma estratégia de comunicação. “Queremos por meio das redes sociais mostrar, não só para a nossa comunidade, mas também para as comunidades vizinhas, cada ação realizada pelo o grupo, cada oportunidade dada aos jovens”, resume. Segundo ela, a divulgação pode ajudar a conquistar mais apoio e quem sabe mais jovens.