Foi realizada na manhã de hoje (19/11) pela manhã a versão regional da Marcha Mundial do Clima, mobilização internacional que está sendo articulada pra denunciar o atual modelo de desenvolvimento predatório que, em última instância, tem destruído as nossas riquezas naturais e provocado profundas mudanças climáticas. De forma particular, a região Semiárida, especialmente os sertões dos Inhamuns-Crateús, tendem a sentir de forma mais drástica as alterações climáticas, por já ser um lugar de extremos. A maior parte do território convive com o 5º ano de seca, podendo ser 2016 mais um ano com poucas chuvas, tornando a situação de abastecimento de água, que já é difícil, ainda mais complicada.
A caminhada que iniciou na praça da Matriz, percorreu as ruas de Crateús até o rio Poti, uma forma simbólica de mostrar que, caso tivéssemos o devido cuidado com o meio ambiente, poderíamos beber água das águas dele sem medo, mas atualmente, no trecho que corta a cidade, essa fonte de vida está sensivelmente ameaçada. Participaram, sobretudo estudantes da rede pública de Crateús, sinal da boa capacidade de articulação dos Sindicato dos Professores e das Professoras, mais também militantes de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o bispo de Crateús, Dom Ailton Menegussi, Sindicato dos Servidores, agentes Cáritas, FAEC-UECE de Crateús, agentes do IBV, etc.
Dia 29/11, uma comitiva deve ir dessa região até Fortaleza, onde ocorrerá a marcha estadual, levando os gritos e a esperança do povo dessa região.