Durante os dias 01, 02 e 03 de julho de 2016, jovens de oito paróquias da Diocese de Crateús e dois jovens da paróquia de Tianguá, os párocos Géu de Independência, Machado de Ararendá e Padre Eraldo de Tamboril, juntamente com membros da CPT, estiveram na comunidade de Aroeiras no município de Tamboril, onde foi realizada a XVI Assembleia da Pastoral da Juventude Rural da Diocese de Crateús.

Diante do tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, “Casa comum, nossa responsabilidade”, nós jovens rurais refletimos e discutimos com base nas nossas ações, de que forma estamos nos relacionando com a Mãe Terra. Tivemos ainda como tema de estudo, Laudato si’ (Louvado sejas) a encíclica feita pelo Papa Francisco.

Mística inicial

Obtivemos riquíssimos aprendizados através dos vários momentos. Um desses foram as místicas que realizamos: no alvorar do dia, em um instante de muita interação com a natureza, onde refletimos a leitura genesiana da Criação; à noite celebramos a Missa, enriquecida com momentos de testemunhos da comunidade e da pastoral e encerramos a assembleia com o envio dos/as jovens para as comunidades, lembrando a missão.

Houve troca de conhecimentos com a comunidade, através da roda de conversa que realizamos para conhecer a história das famílias e contamos a caminhada da Pastoral da Juventude Rural; durante visitas as experiências na área de suporte forrageiro, quintal produtivo, a casa de sementes e também, na noite cultural onde os artistas da região se apresentaram.

Retornamos às comunidades pensando não só que mundo nós queremos deixar para as futuras gerações, mas também que filhos nós queremos deixar para esse mundo. Trata-se de uma questão que não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode compreendê-lo de modo fragmentado, e isso conduz a um questionamento sobre o sentido da existência e sobre os valores que estão na base da vida social. O que nos convida a uma conversão ecológica, que permita assumir o cuidado da “casa comum.”

Partindo de um olhar contemplativo que vem da fé, não como alguém que está fora do mundo, mas dentro, reconhecendo os laços com que o Pai nos uniu a todos os seres, pois não tecemos a teia da vida, somos um de seus fios, reconhecendo-nos assim é que poderemos transformar a realidade da nossa Casa.

Texto de Soraya Cindcy, militante da PJR.